Em 2019, o governo do Egito lançou um novo marco regulatório para seu sistema de seguro social. Além de proporcionar um regime unificado que abrangesse diferentes grupos de trabalhadores, a nova regulamentação permitia reformas sistêmicas e paramétricas que visavam, em grande parte, enfrentar o desafio da baixa inscrição dos trabalhadores na seguridade social, com ênfase nos trabalhadores informais. As reformas reduziram a alíquota das contribuições pagas pelos empregados e empregadores, aumentaram as penalidades para os empregadores que não registravam seus trabalhadores e melhoraram a estrutura de benefícios. A lei também especificava disposições para facilitar a inscrição de trabalhadores informais, oferecendo-se para cobrir a parcela do empregador das contribuições. No entanto, a lei limitou esse acesso a nove categorias específicas de trabalhadores informais, decisão que deixa de reconhecer a diversidade das formas informais de trabalho. Com base na análise das características dos contribuintes do sistema anterior, este artigo argumenta que as barreiras estruturais relativas ao grande número de trabalhadores de baixa renda e empresas informais na economia provavelmente dificultarão a expansão de inscrição no sistema, apesar das reformas legais.