Esta edição temática contribui para a pesquisa européia sobre o papel do trabalho de linha de frente na implementação de políticas de bem-estar para o trabalho. Vários fatores sublinham a relevância desse estudo. Primeiro, o foco em ativar e disciplinar os desempregados vistos em muitos países pode parecer superficialmente. No entanto, um exame mais atento dessas políticas e como elas se desenrolam em diferentes contextos revela muitas e interessantes diferenças. Embora todos contenham um certo nível de elementos disciplinadores e coercitivos, eles também contêm, em um grau variado, elementos que se concentram na atualização de habilidades, na construção de capital humano e na prestação de outros tipos de apoio na promoção da participação no mercado de trabalho. Por sua vez, essas políticas contêm tecnologias de processamento e mudança de pessoas que são usadas para diferentes aspectos da entrega de políticas. Além disso, o desenvolvimento de políticas expandiu gradualmente o grupo de clientes dessas políticas, incluindo desempregados mais difíceis de localizar, tornando o grupo de clientes mais heterogêneo. Finalmente, vimos uma forte crença política nos efeitos positivos do uso de sanções punitivas. A pesquisa apóia essa crença quando se trata de clientes com alta empregabilidade e problemas limitados além do desemprego, mas a base de conhecimento é bastante instável quando se trata de clientes difíceis de colocar com problemas substanciais. O uso de sanções punitivas ou outras medidas disciplinares ou coercitivas no trabalho de linha de frente causou controvérsia e resistência. Para qualificar nossa compreensão das políticas de assistência social ao trabalho, precisamos dar um passo mais perto de onde essas políticas são traduzidas em realidade para o grupo-alvo.