Com base em evidências originais da Rede europeia em matéria de política social (ESPN, European Social Policy Network), este artigo investiga até que ponto trabalhadores autônomos e trabalhadores não padronizados, que são menos protegidos pela proteção social "comum", foram incluídos em regimes "extraordinários" de proteção de renda e manutenção de emprego durante a pandemia de COVID-19 na União Europeia (UE) e no Reino Unido. Quando a crise chegou, os países rapidamente introduziram medidas emergenciais sem precedentes de reposição de renda para os trabalhadores autônomos. No entanto, a maioria desses regimes proporcionou apenas apoio básico por meio de parcelas únicas e, em alguns casos, estavam sujeitos a uma variedade de condições de elegibilidade. Em geral, os trabalhadores não padronizados foram incluídos em regimes de manutenção de emprego, mas lacunas substanciais se mantiveram em alguns países. Este artigo discute como essas lacunas foram abordadas em cinco Estados-membros da União Europeia. O artigo conclui destacando alguns indicadores políticos para uma proteção de renda "extraordinária" melhor e mais adequada para os trabalhadores autônomos e os trabalhadores não padronizados em tempos de crise.